Vereador André Faganello propõe CEI após denúncia de caixa dois e uso de verba da Educação em campanha em Nova Odessa
Denúncia protocolada por cidadão sobre possível caixa dois com verba da Educação leva Faganello a propor CEI para investigar prefeito e aliados
Na sessão desta segunda-feira (10), o vereador André Faganello (PODEMOS) usou a tribuna da Câmara Municipal de Nova Odessa para propor a abertura de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) diante de uma série de denúncias envolvendo suposto uso eleitoreiro de recursos da Educação por parte da Prefeitura.
Segundo o parlamentar, documentos e requerimentos revelam que mais de R$ 540 mil foram gastos com a compra de alimentos e bebidas de uma padaria local, que teriam sido utilizados para abastecer eventos de campanha do prefeito Leitinho (PSD) e do vice-prefeito Mineirinho (União). Parte desses recursos, segundo a denúncia, teria origem em verbas federais destinadas à Educação.
“Eu não consigo me conformar que alguém teve a capacidade de pagar meio milhão de reais em salgadinho para fazer reuniões políticas. Isso é crime, não erro. E essa Casa não pode deixar isso impune”, afirmou Faganello.
A denúncia oficial aponta que, durante o período eleitoral, teriam sido realizados eventos como o "churrasco da vitória" com recursos públicos. Não há registro de equipe formal de campanha nem de prestação de contas adequada desses serviços. O caso foi encaminhado ao Gaeco e à Polícia Federal, devido ao uso de verba federal, o que configura possível crime eleitoral e de improbidade administrativa.
Paralelamente, Faganello também denunciou a compra de medicamentos caros como Ozempic sem a devida identificação dos beneficiários, o que levou o Ministério Público a pedir a abertura de inquérito policial para apuração de crime de peculato.
O vereador afirmou já ter assinado o pedido de abertura da CEI e está mobilizando outros parlamentares para assinarem também. Além disso, pretende convocar os servidores envolvidos e o empresário responsável pela padaria contratada para prestarem esclarecimentos diretos na Câmara.
“Essa Casa tem o dever moral de agir. A população espera transparência e responsabilidade”, finalizou.



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