Obra Abandonada pelo prefeito Leitinho Vira ' Rio de Pescaria' em Protesto de Moradores em Nova Odessa
Cidadãos do bairro Nossa Senhora de Fátima usam acúmulo de água em construção paralisada para manifestar insatisfação com o descaso da prefeitura.
A indignação de moradores do bairro Nossa Senhora de Fátima, em Nova Odessa, diante de uma obra paralisada pela prefeitura, ganhou expressão inusitada nesta semana: uma "pescaria" organizada em meio a um cenário de abandono. A construção, que já consumiu cerca de dois milhões de reais do orçamento municipal, está inacabada há meses, causando transtornos e servindo de símbolo do descaso com o dinheiro público.
O protesto, permeado de ironia, se deu através de um vídeo que rapidamente viralizou nas redes sociais. No registro, dois moradores, equipados com varas de pesca, aproveitam a água acumulada pela chuva na valeta deixada pela obra paralisada para simular uma pescaria. "Para quem esta querendo peixe para a Sexta-Feira Santa, temos vagas. O rio aqui é grande.l'", brincam os participantes, apontando o dedo para a ineficácia da administração do prefeito Claudio José Schooder, o Leitinho, em lidar com as obras da cidade.
A ação, além de destacar o desperdício de recursos, chama atenção para a falta de planejamento e comprometimento da gestão municipal com a finalização dos projetos iniciados. Moradores relatam o descaso não só com a paralisação das obras, mas também com a comunicação efetiva sobre os planos de retomada e conclusão.
Até o momento, a prefeitura de Nova Odessa não se pronunciou sobre o vídeo nem sobre os planos de ação para a obra abandonada. O caso ressalta não apenas a questão da fiscalização e aplicação dos recursos públicos em infraestrutura, mas também o crescente descontentamento da população com a gestão das cidades, que, diante do silêncio e da inação, encontram maneiras criativas de protestar e demandar atenção para seus problemas.
A "pescaria" não oficial na obra abandonada de Nova Odessa se torna, assim, mais do que um ato isolado de protesto; reflete um clamor por transparência, eficiência e responsabilidade no uso do dinheiro público e na gestão dos espaços urbanos.
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