Construtora promete entrega de prédio, mas evita prazos e falha em explicar atrasos em Nova Odessa

m resposta a críticas de compradores, Gallo Lourenço diz manter diálogo e ter materiais em estoque, mas não apresenta justificativas claras nem compromissos objetivos

Renato Silva
Construtora promete entrega de prédio, mas evita prazos e falha em explicar atrasos em Nova Odessa

A construtora Gallo Lourenço, responsável pelo Residencial Dinamarca, empreendimento imobiliário em Nova Odessa, voltou a se pronunciar após críticas de compradores que aguardam a entrega dos apartamentos desde maio de 2023. Em nota enviada para um jornal da região , a empresa garantiu que está ativa, com obras em andamento e materiais adquiridos. Contudo, evitou apresentar prazos e justificativas objetivas para os atrasos — o que levanta dúvidas sobre a real situação da obra.

Em sua resposta, a construtora afirmou que a obra está com "mais de 76% de execução" e que os trabalhos continuam com recursos próprios, sem financiamento bancário. Também declarou manter “diálogo individual” com os clientes, que estariam compreendendo a necessidade da prorrogação do prazo. Entretanto, não houve qualquer menção direta aos motivos específicos dos atrasos nem foi indicado um novo cronograma de entrega.


Faltam respostas concretas

A postura da empresa, ao mesmo tempo em que tenta transmitir normalidade, escancara um problema recorrente: a falta de transparência com o consumidor. O uso de termos vagos como "não medir esforços" ou "compromisso com a excelência" não substitui a obrigação de oferecer informações objetivas, sobretudo diante de centenas de famílias impactadas pelo atraso da obra.

A construtora não explicou por que a construção foi paralisada, por quanto tempo e se houve problemas financeiros mais graves do que os alegados. Também não respondeu se haverá indenização aos consumidores prejudicados ou se alguma medida jurídica será tomada para compensar os danos — morais, materiais e contratuais — sofridos por quem investiu no projeto.


Compradores indignados


Adquirentes dos imóveis relatam frustração crescente. Alguns começaram a pagar pelos apartamentos ainda em 2019, e muitos já vivem a angústia de ter que arcar com aluguel e parcelas de financiamento simultaneamente. Nas redes sociais, são recorrentes acusações de "golpe", "vergonha" e "absurdo".

Em 2024, os clientes foram convocados para uma reunião na qual foi proposto um aditivo contratual prorrogando a entrega em mais 12 meses — ou seja, até outubro de 2025. Agora, mesmo esse novo prazo parece comprometido, e mais de 70 processos judiciais já foram movidos contra a construtora.


Site fora do ar e outros empreendimentos em risco

Outro fator que contribui para o descrédito da empresa é a ausência de um canal oficial atualizado: o site da Gallo Lourenço está fora do ar. Além do Residencial Dinamarca, há relatos de que outros empreendimentos da empresa, como o Infinity Residence e o Life Gold, também enfrentam lentidão ou paralisação. A falta decomunicação oficial agrava a sensação de abandono por parte dos clientes.


Análise crítica

A nota enviada ao Novo Momento carece de elementos básicos de responsabilidade corporativa:

Não oferece novo cronograma com datas exatas

Não detalha o motivo dos atrasos sucessivos

Não assume responsabilidades jurídicas claras

Não apresenta plano de compensação aos compradores prejudicados

Não informa sobre regularização fiscal, técnica ou jurídica da obra

Ao evitar responder aos pontos centrais da crise, a Gallo Lourenço compromete ainda mais sua credibilidade. Diálogo, quando não é transparente e bilateral, se torna apenas 




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