Policial da Reserva Planejava Golpe com Tiros e Decapitação
Ex-militar, investigado pela PF, aparece em mensagens propondo um plano golpista com violência, mortes e a decapitação do ministro do STF.

Um policial militar da reserva está no centro de uma trama que parece filme de terror — mas é real e apavorante. Interceptado pela Polícia Federal, o ex-agente aparece em mensagens propondo um plano de golpe de Estado regado a sangue, execuções e até a decapitação de uma das figuras mais visadas do momento: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
As conversas encontradas no celular do investigado são de embrulhar o estômago. “Tem que cortar a cabeça do Moraes”, escreveu, como se fosse uma solução patriótica. Em seguida, amplia o escopo: “Tem que matar meio mundo”, disparou, indicando que o alvo não era apenas o STF, mas qualquer um que ele considerasse inimigo político.
A Polícia Federal identificou o ex-policial como um dos integrantes de uma organização articulada com objetivos claramente golpistas. Eles trocavam mensagens, planejavam ações violentas e falavam em “resolver no tiro” qualquer tentativa de resistência ao plano. Entre os trechos mais pesados, o militar sugeria ainda “colocar fogo no país inteiro” se o grupo não conseguisse tomar o poder.
Nada disso era conversa de boteco ou bravata de WhatsApp. A investigação aponta que havia organização, logística e motivação clara. Era um plano de poder à força, onde a democracia seria soterrada por balas, sangue e ameaças.
A PF segue com as apurações em sigilo, mas a revelação das mensagens já expõe a ferida aberta do extremismo nacional. Um país em que quem deveria proteger a lei planeja atentados contra a própria Justiça. E pior: em nome da "ordem".
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